Lá na década de 1970, surgiram as primeiras iniciativas e projeto (chamado Sættedammen) de espaços compartilhados (cohousing). O objetivo era integrar pessoas, buscar maneiras inteligentes de viver e aproveitar os ambientes de uma moradia. Para isso, 35 famílias compartilhavam as áreas de convivência e tarefas domésticas de suas moradias com vizinhos.
Desde essa época, os projetos de espaços compartilhados sofreram algumas mudanças. Hoje, são ambientes que agregam sustentabilidade, empreendedorismo e colaboração. Neste artigo, entrevistaremos Anna Borba – gestora de desenvolvimento humano e social na Planet Smart City – que nos ajudará a entender melhor o conceito dos espaços compartilhados.
Qual o conceito de espaços residenciais compartilhados?
Em poucas palavras, o conceito cohousing representa uma forma de compartilhar os espaços entre vários tipos de pessoas. No entanto, o espaço compartilhado também favorece a integração e a partilha de objetivos comuns, ideais, pensamentos e hábitos colaborativos.
Além disso, esses ambientes ajudam a fomentar o conceito de economia colaborativa. Essa prática reduz o consumo desenfreado e a industrialização tão comuns na atual era da história humana. Por outro lado, estimula um estilo de vida enxuto, funcional e sustentável.
De acordo com Anna Borba, os espaços compartilhados agregam o viver colaborativo, bem como acessibilidade a áreas e serviços muitas vezes difíceis de obter quando se mora sozinho. Como exemplo, Anna destaca alguns desses tipos de serviços:
- academia;
- cinema;
- biblioteca (de livros ou objetos);
- cozinha;
- coworking;
- quadras esportivas: vôlei de praia, beach tennis, futebol etc.;
- playground;
- espaço pet;
- hub de inovações;
- área de churrasco.
Quais os principais benefícios deste tipo de espaço?
Existem inúmeros benefícios em utilizar os espaços compartilhados. Um deles é a economia de tempo, energia e recursos.
Com respeito ao tempo, as pessoas não precisam se deslocar para outras regiões para ter acesso, por exemplo, a academias, coworking, wi-fi e área de lazer. Uma vez que existem espaços próximos que disponibilizam esses serviços.
Já a economia de energia e recursos, é gerada no compartilhamento das lavanderias coletivas. Por meio delas, as pessoas não precisam comprar seus próprios equipamentos.
Além disso, se reduz o consumo de energia elétrica. Ainda mais se forem utilizadas fontes energéticas limpas, como a solar. Anna acrescenta itens no pacote de benefícios dos espaços compartilhados. São eles:
- socialização com vizinhos;
- segurança;
- sustentabilidade;
- qualidade de vida.
Para quem os espaços compartilhados são indicados?
No passado, os espaços residenciais compartilhados eram muito utilizados por estudantes universitários e jovens profissionais. As principais razões para a atração desse público por esses ambientes era a economia, acesso a serviços, proximidade com universidades e empresas, bem como o convívio social.
De uns anos para cá, o perfil do público-alvo dos espaços compartilhados se tornou mais abrangente. Agora, o objetivo desses ambientes é servir a toda a comunidade – tanto para pessoas que residem e como as que não residem nas proximidades desses espaços. Dessa forma, as famílias podem se conectar e participar juntas de vários tipos de atividade.
Por outro lado, as crianças e adolescentes conseguem criar laços de amizade, reacender o espírito de convivência saudável e solidária. No caso dos comerciantes, é possível conhecer melhor os consumidores que vivem no entorno e empreendedores próximos que podem virar parceiros de negócios.
Quais são os desafios de utilizar espaços residenciais compartilhados?
Um dos grandes desafios para a utilização dos espaços residenciais compartilhados é a barreira cultural. De acordo com Anna Borba, no Brasil, o sentimento de posse e propriedade das coisas ainda é muito forte nas pessoas. Esse individualismo leva ao não compartilhamento de objetos e espaços – mesmo que o proprietário não os utilize.
Outro desafio é o hábito de não zelar pelo bem comum. Infelizmente, observamos que as pessoas não cuidam da limpeza e da preservação de áreas livres, como: parques, praças, academias comunitárias, ruas e avenidas. O resultado é o esgotamento e a depredação desses locais.
Esse pensamento de “como é de todos, ninguém cuida”, leva alguns a imaginarem que todos os espaços compartilhados acabam assim – o que não é realidade. No entanto, se houver comunicação e confiança, é possível reverter esse cenário, visando a preservação do bem comum. Como consequência disso, a comunidade fortalece o sentimento de cooperação, pertencimento e desejo de zelar pelo que é de todos.
Como é possível utilizar esses espaços?
Na Smarts Cities da Planet, alguns ambientes funcionam de maneira simples e objetiva, ressalta Anna Borba, basta apenas chegar e utilizar. Como exemplo desse tipo de espaço, podemos apontar: academias ao ar livre, coworking, playground e pet place. Existe também os ambientes que precisam de uma reserva e confirmação para serem utilizados.
Por exemplo, o campo de futebol, as quadras poliesportivas, empréstimos de livros ou objetos das bibliotecas e área de churrasco. Para a realização da reserva, as pessoas precisam usar o Planet App (aplicativo para dispositivos móveis).
Quais são as boas-práticas ao utilizar os espaços residenciais compartilhados?
A melhor de todas as práticas é respeitar o espaço do outro. Isso significa:
- considerar os horários de funcionamento dos ambientes e períodos reservados;
- seguir as regras para utilização dos espaços;
- manter o local limpo;
- evitar o desperdício de energia, água e outros recursos;
- tratar a todos com cordialidade;
- em festas e eventos, manter o volume sonoro em um nível adequado.
Quando se fala de imóveis compartilhados, também é essencial adotar boas práticas de convivência. Afinal, embora cada morador tenha o seu próprio quarto, o banheiro, sala, cozinha e outras áreas são frequentadas por todos os que vivem na moradia. Nesse contexto, é importante realizar uma reunião semanal para se discutir sobre divisão de tarefas, regras e controle de gastos.
Quais são as tendências para os espaços residenciais compartilhados?
Anna Borba revela que as pessoas apreciam tudo que torne a vida mais confortável, econômica e segura. Por isso, uma forte tendência para os espaços residenciais compartilhados é o aprimoramento dos serviços e soluções que entreguem esses fatores. Além disso, há uma busca por espaços que promovem a experiência de viver bem.
De olho no perfil do público moderno, a Planet está concentrada em otimizar, inovar e melhorar ainda mais os ambientes de convivência das suas Smarts Cities. Dessa maneira, segundo Anna Borba, a Planet deixará os clientes menos preocupados, mais interativos e conectados. Sem falar que obtêm uma qualidade de vida muito superior à encontrada nos grandes centros urbanos.
Gostou do nosso artigo? Entendeu o que são e como utilizar os espaços compartilhados? Quer usufruir de todas as vantagens de morar em uma Smart City? Então, entre em contato agora mesmo com os profissionais da Planet!