As Universidades de Lund (Suécia) e de Queensland (Austrália) divulgaram um levantamento que concluiu que que é seis vezes mais caro para a sociedade – e para cada pessoa individualmente – andar de carro em vez de bicicleta.
Para o estudo comparativo, os pesquisadores Stefan Gossling e Andy S. Choi usaram a análise custo-benefício que o município de Copenhague, na Dinamarca, utiliza para determinar se uma nova infraestrutura cicloviária deve ser construída. A cidade dinamarquesa é um dos lugares com mais ciclistas em todo o mundo e considera quanto os carros custam à sociedade e como eles se comparam às bicicletas em termos de poluição do ar, alterações climáticas, rotas de viagem, ruído, desgaste da estrada, saúde e congestionamento.
E estudo concluiu que os carros têm um impacto negativo maior sobre a economia do que as bicicletas. Se os custos para a sociedade e os custos dos indivíduos privados forem somados, o impacto do carro é de 0,50 centavos de euro por quilômetro (cerca de R$ 2,29 no câmbio atual), enquanto o impacto da bicicleta é de € 0,08 (R$ 0,37) por quilômetro.
Se olharmos apenas os custos e benefícios para a sociedade, um quilômetro de carro custa € 0,15 (R$ 0,68), ao passo que a sociedade ganha € 0,16 (R$ 0,73) com cada quilômetro rodado de bike.
“A análise de custo-benefício em Copenhague mostra que os investimentos em infraestrutura cicloviária e em políticas de incentivo ao ciclismo são economicamente sustentáveis e dão altos retornos”, argumenta Stefan Gossling.