Quando o trabalho em casa se tornou obrigatório a maioria ficou sem opção a não ser fugir para o mundo virtual. Isso foi evidenciado pelos downloads de aplicativos que testemunham elevações recorde, desde que entraram em vigor o lockdown na Índia e no Brasil devido à pandemia do Covid-19.
De acordo com um relatório da empresa de análise de aplicativos App Annie, o tempo gasto em aplicativos na Índia cresceu 35% no segundo trimestre (2020), em comparação com o quarto trimestre de 2019. Em termos de downloads, Índia e Brasil foram os maiores mercados para o Google Play Store. Por outro lado, os EUA e a China foram os maiores mercados para downloads de iOS.
O crescimento do uso de aplicativos na Índia não é um fenômeno específico do país. O relatório destaca que houve um aumento mundial de 40% ao ano durante o segundo trimestre de 2020 no uso mensal de aplicativos, atingindo uma alta histórica de mais de 200 bilhões de horas em abril de 2020.
Além disso, os gastos dos consumidores em aplicativos também atingiram um nível máximo de US$ 27 bilhões no segundo trimestre de 2020, enquanto os downloads de aplicativos atingiram um pico de US$ 35 bilhões. Índia, Brasil e EUA foram os maiores ganhadores em termos de horas mensais médias gastas em aplicativos que não são de jogos.
Na Índia, os aplicativos que atendiam às necessidades das pessoas enquanto as medidas de isolamento e quarentena estavam em vigor, figuravam no gráfico de melhores desempenhos. O aplicativo de videoconferência Zoom, o aplicativo de compartilhamento de vídeo TikTok, e o aplicativo do governo para rastreamento e autoavaliação da Covid-19, Aarogya Setu, foram alguns dos aplicativos com melhor desempenho na Índia durante o lockdown.
O relatório da App Annie também fala sobre como os desenvolvedores de aplicativos precisam alinhar suas estratégias ao novo normal, a fim de sustentar o momento que ganharam durante a pandemia. Aplicativos de videoconferência, como o Zoom, receberam um impulso durante o lockdown, mas o verdadeiro desafio será reinventar o app e criar novos recursos e ofertas no espaço de videoconferência, assim que as pessoas saíssem de suas casas e se deslocassem para seus escritórios para trabalhar.