“Ninguém vai triunfar sobre mim”. Cleópatra foi a última rainha do Egito. Foi educada entre os papiros da Biblioteca de Alexandria. Conhecia a poesia grega, a matemática e a filosofia. Segundo os historiadores, era fluente em nove idiomas e dispensava intérpretes para saudar, conversar, discutir e negociar com representantes ou líderes de outros povos.
Com a morte de seu pai, Cleópatra e sua irmã Arsinoé disputaram o trono egípcio com seu irmão ainda menor, Ptolomeu Dionísio. Sedutora e inteligente, Cleópatra resolveu pedir auxílio a Júlio César, ditador vitalício de Roma, a maior potência mediterrânea. Como César não recebia quase ninguém, Cleópatra enrolou-se em tapete, que foi entregue nos aposentos do governante romano. Ao abri-lo, encontrou Cleópatra, que se ofereceu a Júlio César em troca de suas pretensões políticas. César então conseguiu que Ptolomeu XIII, o rei menino, aceitasse partilhar o trono com sua irmã.
Cercada de luxo e grande estrategista, nas suas tratativas com Roma, necessitada da riqueza do Egito para financiar suas campanhas militares, ela ampliou seu poder e construiu a imagem que verbera até hoje: a de uma mulher forte, decidida, independente, que foi capaz de transitar com igualdade entre os homens.
Com a morte de César em 44 a.C., a rainha voltou para sua terra natal, mas não acabou com seus planos. Ainda mais estrategista, uniu-se então a Marco Antônio, um dos integrantes do novo triunvirato que governaria Roma. No ano 31 a.C., na Batalha de Actuna, Marco Antônio feriu-se e perdeu a vida. Cleópatra, vendo seu poderio destroçado se suicida deixando-se picar por uma serpente.